domingo, 3 de agosto de 2008

Atlético-MG vira, foge da crise e encerra a seqüência de três vitórias do Sport

Na estréia de Marcelo Oliveira, Galo vence e se recupera no Mineirão


O futebol apresentado não era o que o torcedor atleticano esperava no centenário do clube. Porém, a vitória por 2 a 1 sobre o Sport, de virada no Mineirão, na estréia do técnico Marcelo Oliveira, foi suficiente para fazer o Atlético-MG respirar melhor no Campeonato Brasileiro. Com o resultado, os mineiros chegaram a 21 pontos, na décima-segunda posição, e se afastaram da zona de rebaixamento. Já o Leão, que vencera os três últimos jogos, continua com 24 pontos, na décima colocação, e fica cada vez mais sem objetivos na competição.

O jogo

Os jogadores atleticanos começaram a partida mostrando estarem dispostos a chutar para longe a crise que assola o clube. Com menos de dez minutos de bola rolando o Galo teve duas boas chances de gol: com Leandro Almeida, de cabeça, após cruzamento de Petkovic e com Jael chutando duas vezes quase dentro da pequena área do Sport. Assustado, o time de Nelsinho Baptista tentava se encontrar dentro do campo e sair para os contra-ataques.

E foi desta forma que o Leão chegou ao seu gol. Luciano Henrique recebeu a bola do lado esquerdo da área atleticana e deu bonito passe para Roger. Com liberdade, o atacante fuzilou o goleiro Edson e abriu o placar, aos 14 minutos. Mas a alegria do Rubro-Negra e a decepção dos mineiros duraram muito pouco. Cabisbaixa, a zaga do Galo sequer viu o gol de Marques logo após a saída da bola. O veterano recebeu na entrada da área e após bonito giro bateu no canto direito de Magrão.

Depois deste início eletrizante o ritmo do jogo diminuiu. Ainda assim, os dois times não abdicavam de atacar, apesar da pequena vantagem atleticana no domínio da partida. Porém, apesar da maior posse de bola, o Galo chegava com perigo em poucas oportunidades. Individualista, Petkovic abusava das jogadas individuais e dos chutes de longa distância. Do lado do Leão, as boas tramas do meias com os laterais ditavam o ritmo das jogadas ofensivas. Nas bolas paradas, Luisinho Netto preocupava a zaga alvinegra. No entanto, o empate persistiu.

Sonolência e virada na segunda etapa

O início da segunda etapa não foi nem sombra do que se viu no primeiro tempo. O excessivo número de passes errados, além das poucas chances de real perigo, não animavam nem um pouco o pequeno público que compareceu ao Mineirão. Enquanto o Sport parecia interessado em manter o empate, o Atlético-MG mostrava-se dependente das jogadas dos veteranos Marques e Petkovic. Porém, o cansaço de ambos era visível já com poucos minutos de bola rolando na etapa final.

Ainda assim, ambos protagonizaram os primeiro bons chutes dos primeiros quinze minutos, mas Magrão estava atento e não teve muito trabalho. A resposta do Leão aconteceu aos 19 minutos. Após belo cruzamento de Dutra pela esquerda, Roger domina livre na área atleticana, mas chuta com pouca força para a defesa de Edson. Sem inspiração nenhuma, o time de Marcelo Oliveira insistia nos chutes de longa distância, a maioria sem qualquer direção. No melhor deles, Serginho obrigou o arqueiro Pernambucano a fazer boa defesa.

Diante de tanta dificuldade de ambas as equipes, o gol só poderia sair em jogada de bola parada. E assim aconteceu. Após cobrança de escanteio de Petkovic, Gedeon, que entrara no lugar de Márcio Araújo, fez o gol da virada atleticana aos 32 minutos. Daí em diante a partida voltou a melhorar. O Sport tentava reagir, mas esbarrava na pouca inspiração de seus atacantes. Os times ainda tivaram algumas chances, mas a partida terminou com a virada mineira.

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